segunda-feira, 7 de julho de 2008

Escola Picolino de Artes do Circo

Escola Picolino de Artes do Circo

Em 2008, a Escola Picolino de Artes do Circo completou 23 anos de existência. Localizada na Avenida Octávio Mangabeira s/nº, CEP 41740-000 em Pituaçu, Salvador-Bahia. A Escola, única na Bahia, inicia sua caminhada histórica como uma escola de circo particular, mas desde seu começo demonstra a preocupação com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, firmando parceria em 1986 para atendimento através de oficinas de circo, com o Juizado de Menores, Febem e a Prefeitura. A partir de 1991 este tipo de atendimento passa a ser mais sistemático já em parceria com o Projeto Axé. Desde então o trabalho vem se ampliando e tornando prioridade ao lado da produção cultural.

No ano de 1997, surge a Associação Picolino de Artes do Circo, uma Organização Não Governamental sem fins lucrativos, voltados para o trabalho e desenvolvimento infanto-juvenil através da arte-educação, expandindo a magia do circo e contribuindo para o desenvolvimento saudável das nossas crianças e adolescente.

Nesses 23 anos de existência, muitos têm sido os desafios e os aprendizados. Entre eles, o desafio/aprendizado de crescer, com essas crianças, adolescentes e jovens, e poder aprofundar-se cada vez mais nessa missão, de educar construindo novas oportunidades de qualidade de vida, sobretudo de relacionamento humano e na contribuição da sua formação educacional e profissional.

Hoje, a Picolino atende crianças, adolescentes, jovens, adultos, de todas as idades, classes sociais, com experiências culturais diversas, tendo em comum, entre estas pessoas, o encanto pelo mundo mágico do Circo.

A Comunidade Picolino também é formada por parceiros e amigos que criam as condições para que os projetos se realizem, além da sua equipe de trabalho. Com excelentes resultados, o trabalho de formação de artistas vem crescendo, junto à Escola de Circo e com a Companhia Picolino, que, com um trabalho elogiado, já se apresentaram em diversas cidades do Brasil e da Europa.

As principais atividades da Associação Picolino têm sido nas linhas de:

· Atendimento a crianças, adolescentes e jovens. Este trabalho visa estabelecer um forte vínculo entre o aluno e a Picolino. Com sua característica descontraída e desafiadora, possibilita um espaço de relacionamento de qualidade, favorecendo aos seus alunos a lidar, compreender e incorporar as regras básicas de convivência, a ter cuidados pessoais e coletivos e a desenvolver um caminho de profissionalização.

· Arte-educação para crianças e adolescentes de comunidades economicamente pobres. Este trabalho tem contribuído significativamente no desenvolvimento integral e defesa dos direitos desses alunos, auxiliando na redução da evasão escolar e prevenindo o trabalho infantil.

· Formação de artistas de circo. Com a ação do projeto social, a Picolino pôde aprofundar a formação artística de seus alunos, de forma que, chegando à adolescência, seus alunos têm, na arte circense, não só um projeto pessoal, mas um projeto profissional. Muitos destes jovens, depois de aproximadamente dois anos e meio de intensa formação técnica-expressiva integram a Companhia de Circo Picolino, a qual tem viajado pelo Brasil e exterior em diversas oportunidades.

· Formação de Instrutores de circo. O curso consiste na preparação profissional de jovens professores de circo para transmitir a arte milenar atuando como educadores no atendimento social e desenvolvimento de crianças, adolescentes e adultos. A Picolino é a única escola no Brasil que prepara multiplicadores da ação educativa através das artes circenses. Esta formação tem aberto um novo e criativo mercado de trabalho para estes jovens, principalmente, das classes economicamente baixas.

· Democratização do acesso às artes circenses com projetos como Todo Mundo Vai ao Circo e Hoje Tem Espetáculo, que leva crianças da educação infantil à 4ª série, da rede pública de ensino, em Salvador e no interior, a desenvolver sua cidadania através da arte-educação. Este público não participa apenas como espectador, mas como sujeito de aprendizagem produzindo conhecimentos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que bom esse post. Gostei muito de saber, finalmente, do começo.

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