quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Curso de férias na Picolino

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Estão abertas as inscrições para o curso de férias de técnicas básicas de circo, que será realizado de 03 a 29 de janeiro, às terças e quintas-feiras, com turmas matutina e verspertina.

É uma ótima alternativa de para crianças e adolescentes que ficarem em Salvador durante as férias escolares se iniciarem nas artes circenses.

Todos os alunos têm aulas de acrobacia e escolhe mais duas das seguintes técnicas: malabarismo, monociclismo, trapézio fixo, corda indiana, equilíbrio em arame e contorcionismo.

As aulas serão ministradas no Circo Picolino, na orla de Pituaçu, às terças e quintas-feiras, das 8h30 às 11h30 para crianças de 5 a 11 anos e das 14h30 às 17h30 para alunos com mais de 12 anos.

Custo: R$ 120,00.

Mais informações: 3363 4069

2002 Brasa e Viva o Teatro!

Foram muito bons, todos.
Em breve aqui imagens dos dois espetáculos!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Ao meio dia e quarenta, o programa Multicultura da rádio Educadora FM entrevistou Anselmo Serrat falando sobre a homenagem da Escola Picolino à Escola de Teatro da UFBA e do espetáculo 2002 Brasa, que nesta sexta levará o cantor Caetano Veloso ao picadeiro.
Ouça aqui.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O Circo Picolino encerra 2007 com três grandes espetáculos neste fim de semana. Leia os roteiros (lá embaixo, em amarelo, confira outras informações) e não perca!

Circo Picolino leva Caetano Veloso ao Picadeiro



Garrafas de malabares atiradas sobre a banda, que tenta cantar É Proibido Proibir, equilibristas e trapezistas ao som de Alegria, Alegria e coreografias nos tecidos para ilustrar Triste Bahia. Assim, entre um número e outro de técnicas circenses, a Cia Picolino conta a trajetória de Caetano Veloso desde a infância em Santo Amaro, passando pelo exílio até os dias atuais. Inspirado livremente na autobiografia do artista santoamarense, o espetáculo 2002 Brasa é a nova criação da companhia, que tem o repertório baseado em elementos da cultura brasileira. "Nosso circo contemporâneo fala dos terreiros de candomblé, das festas populares, de nossos poetas, de Caymmi, Grande Otelo, Villa Lobos, Euclides da Cunha, Glauber Rocha. Este novo espetáculo dá continuidade a este compromisso da Picolino com a nossa cultura.", diz Anselmo Serrat, coordenador da Picolino, que assina roteiro e direção. O espetáculo vai reunir 20 artistas da companhia, com a participação especial de Nancytta Viégas.


Viva o Teatro reúne 350 alunos da Escola Picolino em homenagem à Escola de Teatro da UFBA


O espetáculo de fim de ano da Escola Picolino de Artes do Circo vai reunir 350 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos no picadeiro. Em sete atos, será contada a história da Escola de Teatro da UFBA, desde a década de 50 até a atualidade, com números de acrobacia, malabraismo, corda indiana, monociclismo, contorcionismo, arame, trapézio fixo e tecido. Participam desde os alunos da alfabetização até os instrutores em formação. A maratona começa às 14h30 e só termina às 19 horas.

Roteiro

O espetáculo revela momentos vividos na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, desde sua criação. "No primeiro momento, o sonho torna-se real e assim, é celebrado o diálogo entre o ser ou não ser! As fantasias impulsionam a criação, que por sua vez transforma a razão que possibilita a construção de uma história real", explica Simone Requião, que responde pelo roteiro e direção. Este momento será vivido pelas crianças da alfabetização. A partir daí, cada década é contada por uma turma que utiliza de técnicas circenser para representar aspectos relevantes da história da escola.

Década de 50

A construção de uma idéia Escola de Teatro da UFBA Malabarismo;

Grupo "Abarca" formado por alunos e professores da Escola dirigida por Martim Gonçalves Contorção;

Pedagogia e arte rumo à profissionalização Arame;

Ideal popular Corda;

Contrato com a Fundação Rockfeller Trapézio;

Divergências internas na escola e a formação do Teatro dos Novos - Monociclo;

Críticas ao visionário Martim Gonçalves Acrobacia.

Década de 60

Críticas ao visionário Martim Gonçalves;

Repressão Monociclo

Homenagem aos grupos egressos da Escola de Teatro - Contorção

Sociedade Teatro dos Novos inspirado em: Eles não usam Black-Tie Malabarismo;

Teatro Equipe: Teatro Infantil Corda;

Teatro Popular da Bahia: Teatro político Arame;

Companhia Baiana de Comédia: Homenagem a Jurema Pena Trapézio;

Censura Acrobacia.

Década de 70

Censura;

Tropicalismo e a Copa de 70 Contorção;

Hegemonia na criação coletiva Corda;

Número inspirado em: Everyman ou todo Mundo vai com Pedro Monociclo;

Número inspirado na peça: A casa de Bernarda Alba Trapézio;

Número inspirado na peça Merylin Miranda Arame;

Troféu Martim Gonçalves Malabarismo

Baile das atrizes Acrobacia

Década de 80

Baile das atrizes;

Movimento pelas Diretas-já Arame;

Homenagem ao encontro de Anselmo Serrat e Joran Macedo Corda;

Homenagem a Maria Clara Machado inspirado em Pluft o fantasminha - Contorção;

Homenagem ao Núcleo do Teatro Infantil da UFBA: inspirado na peça A Tartaruga o Coelho e o Juiz Monociclo e Trapézio;

Homenagem ao Curso Livre A Décima Segunda ou o que você quiser - Malabarismo;

O exagero sobe ao palco Acrobacia.

Década de 90

Greve na Escola de Teatro - Contorção;

O circo parodia "Los catedrastícos" Malabarismo, Trapézio, Arame, Corda, palhaço e Monociclo;

Teatro Martim Gonçalves, um presente para os Soteropolitanos Tecido;

Homenagem a Martim Gonçalves - inspirado em A casa de Eros – Acrobacia.


BRASA 2002 – Espetáculo da Cia Picolino de Artes do Circo.

Sexta (07) - 20h30

Onde: Circo Picolino, armado na Orla de Pituaçu.

R$ 20,00 e R$ 10,00. Preço promocional de pré- estréia: R$ 10.

VIVA O TEATRO - Espetáculo de fim de ano da Escola Picolino de Artes do Circo.

Sábado e Domingo (08 e 09), das 14h30 às 19 horas

Onde: Circo Picolino, armado na Orla de Pituaçu.

R$ 4,00 e R$ 2,00.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Mudança de planos: portal da Picolino entra na fila

A Secretaria de Cultura divulgou mais uma seleção de editais, e mais uma vez um projeto da Picolino venceu. Mas, como o fundo de cultura só apóia um projeto de cada instituição por vez, tivemos que escolher entre o “Picolino Virtual – O portal do Circo da Bahia” e a remontagem do espetáculo "Cenas Cotidianas" em versão itinerante por todo o estado. Segundo o aventureiro Anselmo, entre ficar com um portal de internet e lançar o circo com o pé na estrada, vamos arrumar as malas. Pro fim da fila, portal!

Nós, que vimos o Cirque du Soleil


Chegamos.

Não deu pra ver naquela noite o belo horizonte - que deve atingir seu ápice de beleza num fim de tarde cor-de-rosa -, mas deu pra chegar na capital mineira a tempo de contemplar muitas outras coisas bonitas.

Corremos.

Depois de mais de um dia de viagem, o obstáculo tempo, até então ignorado (de propósito - dentro do ônibus todo mundo desejava ver as horas passarem), surge. Alcançamos o alojamento a exata uma hora do espetáculo carregando mala, cuia e muita vontade de banho. No saguão do Mineirinho, onde dormimos, pequena confusão para cada grupo pegar sua chave e achar seu quarto. O relógio corria. As crianças também, mas em direção oposta. Em 15 minutos, todos tinham que estar lá embaixo novamente, o que parecia impossível.
A agonia foi tamanha que, entre escolher esperar o motorista, agrupar todo mundo e seguir de ônibus, a súbita idéia de seguir a pé, em comboios, funcionou melhor e mais rápido.
Com alguns, atletas, marchando sem arfar, e outros, enferrujados, trotando aos trancos e barrancos, alcançamos, todos, em tempo certo, a linda e branca lona do Cirque du Soleil.

Vimos.

Todos sentados - a pressa fez o nosso grupo se dispersar pela semi lotada platéia. Expectativa aterradora. Alguns bebiam refrigerante e comiam pipoca, cortesia da casa. Um pequenino apresentador surge para, com seu sotaque gringo, avisar que NÃO É PERMITIDO FAZER QUALQUER REGISTRO SONORO OU VISUAL DO ESPETÁCULO. Advertência legítima, mas ignorada pelas centenas de crianças que economizaram poses para fotografar ao vivo seus ídolos. Porém, a vigilância iredutível tudo via e deu várias broncas em quase todos os pequeninos infratores.
O espetáculo é lindo, perfeito, mágico, universal. Teve trapézio duplo de vôo, malabaristas de fogo, contorcionistas, ópera, dança, música instrumental ao vivo e um monte de coisas mais. Em qualquer lugar do mundo sua beleza plena é capaz de emocionar. A linguagem da arte fala por si só, e no Alegria isto é enfatizado ao pé da letra: o dialeto falado entre os personagens é uma língua sem palavras, inventada propriamente para este espetáculo, com o propósito de que as palavras "bloqueiam" a imaginação.

Voltamos.

Chegamos na sexta com várias horas de atraso, culpa dos engasgos do motor velho, de um engarrafamento, um pneu furado - essas trivialidades. Chegamos às dez da noite e uma recepção amorosa com amigos, familiares e um gostoso lanche nos aguardava na Picolino. Entre malas e mochilas, muita história pra contar, cansaço, felicidade, e a certeza de que valeu a pena.

Quem sou eu